A propósito do Dia das Mentiras


A propósito do Dia das Mentiras

Hoje vou escrever sem palavras, sim? Ah, ah, ah! “Enganei-te com uma pinga de leite”. Hoje é o dia da mentira ou dia das mentiras, dia dos enganos, dia das petas, dia dos bobos ou dia dos tolos. Podemos, então, inventar umas mentirinhas à vontade sem que isso seja alvo de censura, sem que fiquem zangados connosco ou nos ponham de castigo. Hoje é permitido gozar, inventar, enganar! Tudo começou quando em meados do século XVI, o Rei Carlos IX de França adoptou o calendário gregoriano e, a partir daí, determinou que o ano novo seria celebrado no dia 1 de Janeiro. Desde o início do século que as comemorações do Ano Novo começavam no dia 25 de Março e terminavam no dia 1 de Abril. Por isso, houve quem tenha resistido a essa mudança e, seguindo o calendário antigo, continuado a festejar segundo os velhos costumes. Como forma de brincadeira, começaram a surgir nessa data convites para festas que não existiam, prendas bizarras e falsos votos de Ano Novo. O costume foi-se espalhando por todo o mundo, tornou-se uma tradição, ficando o dia 1 de Abril comumente conhecido como o dia da mentira. Geralmente, a mentira tem uma conotação negativa; é errado mentir e certo dizer a verdade. Mentir é o acto de alterar voluntariamente a verdade. No entanto, no desenvolvimento infantil, a mentira possui uma função estruturante. Por volta dos 3, 4 anos a criança pequena descobre que é possível não dizer tudo, dizer o que não é, e inventar uma história. Através da mentira a criança vai adquirindo a segurança que o seu mundo interno se mantém privado e, desse modo, sente-se protegida. Só após os 8 anos adquire uma dimensão intencional. Hoje, aproveitem para mentir intencionalmente, pregar partidas, «desconcertar» aqueles de quem mais gostam. Sejam arrojados e criativos. E claro, sem nunca perder o bom senso. De preferência, aproveitem também nos outros dias para continuar a brincar de vez em quando. Por: Ana Fortes

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